sábado, 30 de abril de 2011

Roteiro Gay Alentejo

Cada vez mais no Alentejo para além de alguns bares, selectos espaços de turismo rural ou ainda  outros locais como os referidos abaixo, são ponto de encontro da comunidade Gay e bissexual.

Évora - Rossio de S. Brás, Mata do Jardim
Montemor-o-Novo - Estrada para Évora, junto ao Café Park
Campo Maior – Jardim da Av. – fim de tarde/noite - Parredão Barragem do Caia, (noite) - E. N. 371 entre Campo Maior e Portalegre, gares da estrada durante a noite.
Arraiolos - Área de descanso, na EN4
Estremoz – Jardim e zona da feira do Rossio Marquês de Pombal (melhores dias sábados parte da manhã e quartas feiras ao fim da tarde).
Vila Viçosa - Miradouro da Varandinha, junto à Tapada, fim do dia
Beja - Parque de Merendas, fim da tarde e durante a noite
Elvas - Zona do Aqueduto e Arcos da Amoreira, durante a noite
Portalegre – Zona do Plátano qualquer hora - zona industrial durante a noite
Veiros/Monforte – Área Descanso IP2 – Ribeira de Almuro/fim de tarde 
Área Descanso IP2 Assumar/Arronches (qualquer hora).
Redondo - Campo de Futebol, durante a noite
Marvão – Antiga fronteira de Galegos,  (qualquer hora). 

IMPORTANTE:

Usar camisinha durante a relação sexual é a melhor e mais segura maneira de se proteger contra doenças... O uso correto da camisinha garante a segurança da relação. Previne doenças e gravidez porque evita qualquer tipo de contato entre as áreas... Seja você homem ou mulher maior de 18 anos, a camisinha é item obrigatório.

O que é a homofobia

Homofobia caracteriza o medo e o resultante desprezo pelos homossexuais que alguns indivíduos sentem. Para muitas pessoas é fruto do medo de elas próprias serem homossexuais ou de que os outros pensem que o são. O termo é usado para descrever uma repulsa face às relações afectivas e sexuais entre pessoas do mesmo sexo, um ódio generalizado aos homossexuais e todos os aspectos do preconceito heterossexista e da discriminação anti-homossexual.

O que é o heterossexismo?

O termo "heterossexismo" não é familiar para muitos porque é relativamente recente. Só há relativamente pouco tempo é que tem sido utilizado, juntamente com "sexismo" e "racismo", para nomear uma opressão paralela, que suprime os direitos das lésbicas, gays e bissexuais. Heterossexismo descreve uma atitude mental que primeiro categoriza para depois injustamente etiquetar como inferior todo um conjunto de cidadãos.
Numa sociedade heterossexista, a heterossexualidade é tida como normal e todas as pessoas são consideradas heterossexuais, salvo prova em contrário. A heterossexualidade é tida como "natural", quer em termos de estar próxima do comportamento animal, quer em termos de ser algo inato, instintivo e que não necessita de ser ensinado ou aprendido.

Quando seres humanos dizem que algo é "natural", em oposição a um comportamento "adquirido" através de um processo de aprendizagem, geralmente querem dizer que não é possível desafiá-lo nem mudá-lo e que seria até mesmo perigoso tentar fazê-lo. No passado, dominava a ideia de que os homens eram "naturalmente" melhores nas ciências e no desporto e líderes natos, mas as mulheres tiveram a oportunidade de desafiar estas ideias e de mostrar o homem e a mulher numa perspectiva completamente diferente. Este desafio foi facilmente perpetuado assim que se começou a evidenciar que os homens são empurrados para posições de vantagem por uma sociedade que está estruturada para os beneficiar, um processo (a opressão das mulheres) mais tarde denominado de sexismo. Do mesmo modo, tem-se tornado evidente que a heterossexualidade, tal como a dita superioridade masculina, é tão natural, como adquirida. O facto de a maioria dos homens e mulheres a escolherem como a sua forma preferida de sexualidade tem por vezes mais a ver com persuasão, coerção e a ameaça de ostracização do que com a sua superioridade como forma de sexualidade.

O heterossexismo está institucionalizado nas nossas leis, orgãos de comunicação social, religiões e línguas. Tentativas de impôr a heterossexualidade como superior ou como única forma de sexualidade são uma violação dos direitos humanos, tal como o racismo e o sexismo, e devem ser desafiadas com igual determinação.


Manifestações de homofobia internalizada

1. Negação da sua orientação sexual (do reconhecimento das suas atracções emocionais e sexuais) para si mesmo e perante os outros.

2. Tentativas de mudar a sua orientação sexual.

3. Sentir que nunca se é "suficientemente bom" (por vezes tendência para o "perfeccionismo").

4. Pensamentos obsessivos e/ou comportamentos compulsivos.

5. Fraco sucesso escolar e/ou profissional; ou sucesso escolar e/ou profissional excepcional, como forma de ser aceite.

6. Desenvolvimento emocional e/ou cognitivo atrasado.

7. Baixa auto-estima e imagem negativa do próprio corpo.

8. Desprezo pelos membros mais "assumidos" e "óbvios" da comunidade Gay, Lésbica, Bissexual e Transgender.

9. Desprezo por aqueles que ainda se encontram nas primeiras fases de assumir a sua homossexualidade.

10. Negação de que a homofobia/o heterossexismo/a bifobia/a transfobia/o sexismo são de facto problemas sociais sérios.

11. Desprezo por aqueles que não são como nós; e/ou desprezo por aqueles que se parecem connosco.

12. Projecção de preconceitos num outro grupo alvo (reforçado pelos preconceitos já existentes na sociedade).

13. Tornar-se psicologica ou fisicamente abusivo; ou permanecer num relacionamento abusivo.

14. Tentativas de passar por heterossexual, casando, por vezes, com alguém do sexo oposto para ganhar aprovação social ou na esperança de "se curar".

15. Crescente medo e afastamento de amigos e familiares.

16. Vergonha e/ou depressão; defensividade; raiva e/ou ressentimento.

17. Esforçar-se pouco ou abandonar a escola; faltar ao trabalho/fraca produtividade.

18. Controlo contínuo dos seus comportamentos, maneirismos, crenças e ideias.

19. Fazer os outros rir através de mímicas exageradas dos estereótipos negativos da sociedade.

20. Desconfiança e crítica destrutiva a líderes da comunidade GLBT.

21. Relutância em estar ao pé ou em mostrar preocupação por crianças por medo de ser considerado "pedófilo".

22. Problemas com as autoridades.

23. Práticas sexuais não seguras e outros comportamentos destrutivos e de risco (incluíndo riscos de gravidez e de ser infectado com HIV).

24. Separar sexo e amor e/ou medo de intimidade. Por vezes pouco ou nenhum desejo sexual e/ou celibato.

25. Abuso de substâncias (incluíndo comida, álcool, drogas e outras).

26. Desejo, tentativa e concretização de suicídio.


Factos

- A homofobia/o heterossexismo/a bifobia/a transfobia são formas de opressão , não são simples medos.

- A homofobia/o heterossexismo/a bifobia/a transfobia estão infiltrados na sociedade.

- É difícil não internalizar as noções negativas da sociedade em relação à homossexualidade, bissexualidade e transgenerismo.

- Não temos culpa se internalizamos estas noções negativas.

- Há passos que podem ser dados para reduzir, ou mesmo eliminar, a opressão internalizada.

- Trabalhar para eliminar a opressão internalizada é um processo longo - por vezes de uma vida inteira.

Traduzido por Rita P. Silva de "Internalized Homophobia: From Denial to Action - An Interactive Workshop" de Warren J. Blumenfeld

sexta-feira, 29 de abril de 2011

ILGA Portugal

                                       
Sabia que a Associação ILGA Portugal é a mais antiga associação portuguesa que luta contra a homofobia e pela defesa dos direitos das lésbicas, gays, bissexuais e transgénero (LGBT). Fundada em 1995 e sedeada no Centro Comunitário Gay e Lésbico de Lisboa, a Associação trabalha, nos planos social e político, pela integração e contra a discriminação.